Nosso público-alvo:
20 mil jornalistas registrados
em redações;
49 mil pesquisadores
em mais de 11 mil grupos de pesquisa;
87 mil alunos em cursos
de pós-graduação (mestrado e doutorado);
174 mil professores
universitários em mais de mil universidades;
Nosso público acessivo:
98 mil psicólogos apontados
pela Federação Nacional dos Psicólogos;
238 mil médicos ativos
e inscritos no Conselho Federal de Medicina;
2,4 milhões de estudantes
universitários contados pelo Ministério da Educação;
O que une
nosso público-alvo:
É misto, com pequena
maioria de homens (56%, decrescente).
Pertence às classes
A e B. A maior parte ganha uma média salarial na faixa de 15 a 25 salários
mínimos.
A maioria tem idade
entre 30 e 45 anos (exceto universitários da graduação).
Cerca de 60% está na
região Sudeste do país.
Tem o terceiro grau
completo.
Tem intimidade com a
internet, seu instrumento de trabalho e estudo.
Tem grande disposição
em investir em sua formação cultural e profissional.
Tem por função comunicar-se
com muitos outros (caso dos jornalistas, professores, médicos e
psicólogos).
Veja os detalhes:
Quantos são
Onde estão
Quanto ganham
Idade
Sexo
Preferências
Perfil do nosso público
Prometeu destina-se a um público-alvo dividido em dois grupos principais:
o de jornalistas, um grupo relativamente pequeno em comparação ao outro,
mas muito estratégico porque fala a todos os demais, e o de integrantes
do ambiente científico e acadêmico (cientistas, pesquisadores,
pós-graduandos e universitários). Este segundo grupo, embora aparentemente
heterogêneo, tem forte comunhão de perfil e de interesses. Entre os pesquisadores
paulistas, por exemplo, um recente levantamento da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) apurou
que 48,2% são professores e outros 21% bolsistas e pós-graduandos.
Todos formam uma comunidade que ocupa ou já ocupou atividades similares.
São exatamente esses dois grupos (jornalistas e cientistas/acadêmicos)
os que mais utilizam a internet depois dos próprios profissionais de informática,
de acordo com a segunda Pesquisa Internautas do Brasil do Departamento
de Ciência da Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (1).
Relataremos abaixo pesquisas que investigaram o perfil, as opiniões e
as atividades desses profissionais (creditadas no final do texto), fazendo
antes uma análise do comportamento do nosso público específico dentro
do universo de usuários da internet.
O que nosso público espera da internet
Por utilizar a internet como veículo para transmitir suas informações
e indicar caminhos para dados em outros sites, a agência considera
os usuários da rede de computadores seu público fundador. Segundo
a quarta Pesquisa Cadê?/Ibope sobre usuários da internet
(2), trata-se de um público voltado para o seu
próprio aperfeiçoamento (69% estuda e 55% fala inglês). Há ainda
um interesse quase unânime entre os usuários da internet por notícias:
72% consideram "muito" ou "bastante" interessante a busca de notícias
pela rede de computadores. Mais 18% consideram esse tipo de busca
"interessante". Se a pergunta é a respeito do tema "ciências", nossa
especialidade, o interesse continua alto: 49% considera o tema "muito"
ou "bastante" interessante e outros 23% o consideram "interessante".
Acrescente-se a isso que o assunto "ciência e saúde" é o segundo
tema noticioso mais procurado pelos internautas em geral (por 63%
deles), segundo o instituto Pew Research Online (fonte: Revista
InfoExame, julho de 2000).
Ainda da última pesquisa Cadê?/Ibope interessa-nos a informação
de que se trata de um grupo do qual 73% já cursaram ou estão cursando
o terceiro grau. Além deles, falamos com intimidade a uma parcela
categorizada de 7% dos internautas que já fizeram cursos de pós-graduação.
Para eles, internet é uma ferramenta de trabalho e pesquisa cotidiana.
Público-alvo
Quantos são
Há no país, segundo censo educacional (3) promovido
pelo Ministério da Educação, 2,39 milhões de alunos de terceiro
grau (graduação) espalhados por mais de mil instituições de ensino
superior, que também abrigam 174 mil professores universitários.
Outras 87 mil pessoas estão produzindo dissertações e teses em cursos
de mestrado e doutorado, que duram em média três anos e meio. Estes,
além de nosso público, são nossas fontes de informações.
Grande parte desses profissionais foi alvo de recente análise
(4) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq): os pesquisadores, que atuam em grupos de pesquisas
ou laboratórios. Segundo este levantamento, os pesquisadores formam um
grupo em grande crescimento: em 1993, quando foi feito o primeiro censo
destes profissionais, eram 21,5 mil pesquisadores, contra 48,7 mil registrados
no ano passado, divididos por 11.760 grupos de pesquisa. De toda essa
população, 27.662 fizeram o doutorado, nível mais alto da pós-graduação.
Quanto aos jornalistas, segundo levantamento do Ministério do
Trabalho (5), há 19.473 no país com carteira assinada
em redações, número que exclui um grande grupo de terceirizados,
free-lances, assessores de imprensa e funcionários públicos. Segundo
o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, só neste estado haveria
12 mil jornalistas em atividade. O maior grupo isolado está na mídia
impressa (44,15%).
Onde estão (60% na região Sudeste)
Segundo o levantamento do CNPq, 80% dos pesquisadores trabalham em
universidade públicas e 60% estão distribuídos pela na região sudeste
do país. A maior parte está em São Paulo, que abriga 32% dos profissionais.
Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 16% deles. Na região Sudeste também
estão 80% dos grupos de pesquisa que o CNPq considera "consolidados" (auto-sustentados)
e "de excelência" (de nível internacional).
A distribuição de universidades federais e estaduais, como já
foi dito, liga-se à de grupos de pesquisa, o que traz para essa localização
centrada no Sudeste, em estimativa, também os professores universitários.
O maior grupo isolado de jornalistas, segundo dados oficiais do Ministério
do Trabalho, também está em São Paulo (37%), seguido pelos grupos
do Rio de Janeiro (15%), do Rio Grande do Sul (9,5%) e de Minas Gerais
(9,1%). Como os acadêmicos, 60% dos jornalistas também estão na região
Sudeste do país.
Quanto ganham (15 a 25 salários mínimos)
Segundo seminário proferido pelo ex-reitor da Universidade
de São Paulo (USP), Jacques Marcovitch (6), o salário
médio pago nas universidades federais é de R$ 2.253,00 e sobe para
R$ 3.298,20 em dedicação exclusiva de docentes. O docente da USP,
uma universidade estadual, situa-se numa média mais elevada, de
R$ 3.443,00, o que inclui 75% dos professores em dedicação exclusiva.
Em universidades federais de maior porte, a média salarial também é
maior do que a apurada em nível nacional. Na Universidade de Brasília
(UnB), uma das maiores universidades federais do país, por exemplo, a
média salarial entre docentes efetivos (1.129 do total de 1.269 docentes)
é de R$ 2.423 (março/2001).
Grande parte dos acadêmicos recorre a bolsas. Entre os pós-graduandos,
por exemplo, 48,9% dos mestrandos e 54,9% dos doutorandos valem-se delas,
segundo estudo nacional coordenado por Jacques Velloso, da Faculdade de
Educação da Universidade de Brasília (7). Se considerarmos
a faixa de vencimentos dos beneficiários de um dos maiores cessionários
de bolsas do país, o CNPq, eles ganham entre R$ 1.838,00 (bolsa para pesquisador
visitante) a R$ 4.120 (bolsa para pesquisador I). Apesar do grande número
de bolsistas, cerca de 63% dos pós-graduandos trabalham regular ou esporadicamente
como professores, consultores ou pesquisadores, acumulando o trabalho
com a bolsa ou não (a maior parte).
Uma pesquisa feita pelo Instituto Data Kirsten (8)
junto a jornalistas em três capitais (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro)
aponta para um salário médio de R$ 3.000,00 por mês, que a maioria considera
pouco satisfatório (41,8%) ou insatisfatório (27,8%). O resultado coincide
com outro levantamento realizado pelo Sindicato dos Jornalistas de São
Paulo que aponta para uma média salarial para a categoria na faixa entre
20 e 25 salários mínimos (9).
Apesar de considerar o salário baixo, a maioria dos jornalistas reside
em imóvel próprio (57%) segundo a pesquisa do Data Kirsten. Ainda por
esta pesquisa, o maior sonho de consumo do jornalista brasileiro é realizar
viagens ao exterior (25,7%).
Idade (30 a 45 anos)
O maior grupo isolado de pesquisadores brasileiros, segundo o levantamento
do CNPq, está na faixa entre 35 e 44 anos (37%). Outro estudo, feito pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo, Fapesp (10) chegou ao mesmo resultado no que
se refere aos pesquisadores paulistas: o maior grupo (36,3%) está
na faixa entre 35 e 45 anos. Já o levantamento coordenado por Jacques
Velloso aponta para uma idade média dos mestrandos de 32 anos e dos doutorandos
em 38 anos (7).
Entre os jornalistas, a pesquisa da Data Kirsten apontou para uma média
de 12 anos de atividade profissional. Isso permite atribuir aos jornalistas
idade em torno de 30 anos, já que a profissão exige a conclusão do terceiro
grau.
Sexo (maioria decrescente de homens - 56%)
Pelo mesmo levantamento do CNPq verifica-se que o grupo de pesquisadores
brasileiros está se tornando cada vez mais feminino, num movimento liderado
pelas mais jovens. As mulheres já são maioria entre os pesquisadores com
idade até 24 anos (57,5%) e entre os que têm 25 a 29 anos (53%). Só se
tornam minoria no grupo entre 30 e 34 anos (45,8%), dos 35 a 40 anos (40%)
e nas demais faixas (30% a 36%). No total geral, são 56% de homens e 44%
de mulheres.
Essa diferença cai segundo a pesquisa nacional coordenada por Jacques
Velloso entre pós-graduandos. O estudo aponta que, na média geral,
os dois sexos praticamente se equiparam. São 50,8% homens e 49,2% mulheres.
A maioria dos jornalistas em atividade são homens (56%), segundo o levantamento
do Ministério do Trabalho (5), coincidindo com o número
levantado pelo CNPq junto aos pesquisadores. Porém, uma série histórica
da pesquisa aponta para uma grande tendência de elevação do número de
mulheres nas redações, que cresce absolutamente todos os anos desde que
foi iniciado o levantamento, em 1986. Neste ano, os jornalistas homens
eram folgada maioria, chegando a 64%.
Preferências
As pessoas do meio acadêmico, segundo a pesquisa Cadê?/Ibope, são entre
os internautas o público mais disposto a consumir comercialmente pela
internet serviços e produtos destinados à sua própria formação e qualificação.
A educação é a área isolada preferida dos pesquisadores ouvidos
pelo CNPq, atraindo 7,5% deles. Em seguida vem a agronomia (6,7%) e as
geociências (4%). Já a área de saúde é a maior quando se consideram
os setores de atividades dos 11.760 grupos de pesquisa existentes no país,
com 31% do total dos grupos. A área de educação é a segunda, concentrando
30% dos grupos.
Entre os acadêmicos que realizam pós-graduação, o maior grupo (55,3%)
pretende ingressar no ensino superior. O segundo maior grupo (28,7%),
quer ingressar em instituições de pesquisa. Os demais visam órgãos do
governo, empresas ou ONGs.
Quanto aos jornalistas, a pesquisa do Data Kirsten (8)
aponta que eles são um grupo majoritariamente identificado com a ideologia
de esquerda. A maioria tem casa própria, considera o jornalismo uma "atividade
prestadora de serviço" e com "forte cunho social". O plano para o futuro
que mais os atrai é estudar no exterior, fazendo cursos de pós-graduação
(17,6%). O segundo projeto que mais atrai os jornalistas, por essa pesquisa,
é deixar a profissão: 16,8% querem abrir um negócio próprio em áreas de
comércio ou serviços. Todos têm curso superior, por força de lei que os
obriga a ter bacharelado para exercer a profissão.
Pesquisas consultadas:
1) Pesquisa Internautas no Brasil (segunda versão).
Promovida pelo Mestrado em Ciência da Computação do Departamento de Ciência
da Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob coordenação
do professor Dr. Virgílio Augusto de Almeida.
2) Quarta Pesquisa Cadê?/Ibope, realizada por
meio de questionários respondidos por usuários do site de busca Cadê?,
sob coordenação do Ibope.
3) Censo educacional 2.000 realizado pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação.
4) Diretório dos Grupos de Pesquisa (versão 2.000)
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
5) Relação Anual das Informações Sociais - Rais,
do Ministério do Trabalho.
6) Palestra proferida no simpósio Universidade Pública
no Brasil, realizado no Rio de Janeiro em 1998 e promovido pela Academia
Brasileira de Ciência e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC).
7) Trajetória e Perspectivas dos Mestrandos e Doutorando
no País, pesquisa apoiada pelo Capes e pelo CNPq e realizada por Jacques
Velloso, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (coordenador),
Léa Velho (Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp)
e Reginaldo Prandi (Departamento de Sociologia da USP).
8) Pesquisa do Instituto Data Kirsten para a revista
Radar sobre o perfil econômico, ideológico e de qualidade de vida
dos jornalistas. Foram ouvidos 300 profissionais nas cidades de São Paulo,
Rio de Janeiro e Brasília.
9) Documento Distribuição Salarial dos Jornalistas
em jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, do Sindicato dos
Jornalistas de São Paulo, 1999.
10) Projeto Bases de Dados e Indicadores de Ciência,
Tecnologia e Inovação para o Estado de São Paulo
- Anos 90, edição da Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São Paulo coordenada por Francisco
Romeu Landi.
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